quarta-feira, 31 de março de 2010

Como é bom

_________________ chegar por aqui e as coisas serem BEM maiores que minhas expectativas. Na chegada, eu tava morrendo de medo, de verdade, de tudo. Já fazem três anos e alguma coisa que eu tinha viajado pra fora do país e encarado tudo desconhecido, entao eu estava desacostumado com isso. Mas foi fora de sério. Eu fui "chegando aos poucos" aqui, sabe? Eu peguei dois vôos para chegar em calgary. Um de são paulo à toronto, e nesse eu sentei ao lado do Natan, mineiro de bh. Um doutorando em medicina que mora próximo a toronto. Um cara fantástico, que veio me dando várias dicas e conversamos bastante.
O outro vôo foi de toronto para calgary. FOI UMA LOUCURA!!! Cheguei em toronto de manhãzinha, tipo umas seis da manhã. Até pegar as malas e passar pela imigração foi-se duas horas... e meu segundo vôo foi às oito! Quando cheguei no embarque, eles já tinham lacrado a porta do avião... a minha sorte é que a moça da companhia aérea canadense (como todos os canadenses até agora) foi extremamente boa pra mim. Ela mandou uma mensagem pelo rádio para os membros da tripulação e eles atrasaram uns segundos a decolagem e me deixaram embarcar. Muita sorte, mesmo!

Quando cheguei ao meu banco, o homem do lado, um canadense me saudou: "Welcome on board!!"... ehehe, fiquei super feliz.
Estava com a cabeça a MIL nàquele momento, pois tinha quase perdido o vôo,e a imigração quase me estuprado, etc, etc, etc. Depois de um tempo, a aeromoça veio perguntar se eu queria sentar em outro lugar, pois ao meu outro lado estava sentada uma mulher com um bebê de colo, assim seria melhor pra ela e pra mim. O canadense se propôs a ir, pois viu que eu estava sempre de olho na janela... ele deve ter percebido que eu queria ficar vendo as coisas de lá.
Então ficamos eu e a moça com o bebê de colo em três bancos. Super confortável !! Eis que ela, com um sotaque super caracteristico de pernanbuco diz: "Tu é brasileiro, não? Vi que teu passaporte é verde..."
Juro! (coisa que a mô fala)... Juro! Ela me salvou. Fiquei bem mais calmo e trocamos boas ideias sobre o canadá. Me ensinou várias coisas e me convidou pra ficar na casa dela em calgary se eu precisasse. Deixou email e tudo. Se chama Michele, super bacana! Não sei se vou procura-la, pois quero falar menos portugues possível... mas desejo tudo de melhor pra ela.

Já minha familia aqui é formidável ! Milli, Darren and Indi! Eles têm quase a minha idade. Na verdade, eles têm mais de trinta, mas eu os trato como se tivesse a minha idade. Estão sendo super meus amigos, o que ta facilitante bastante pra me acostumar a ficar longe do brasil. O menininho tem cinco anos. Super figurinha, nao pára um segundo de falar, o que é muito bom pra mim, pois estou aprendendo bastante com ele.
A falar da minha cidade... hnn... sem palavras! Imagine um lugar maravilhoso, agora imagine esse lugar, com pessoas extremamente bacanas, que quando passa por você de manhã, enquanto está indo para escola dizem: "Good morning, son" e você nem sequer os conhece! Imagine esse lugar, com essas pessoas, morando nessa família, cercado de montanhas rochosas, cheias de neve e tudo que uma paisagem de calendário que você diria: "Ah..! É photoshop". Imaginou?

Pois é nesse lugar é onde estou morando.

Eu não tenho minhas próprias fotos, porque estou sem uma camera aqui... mas é exatamente como postado.

Bom, por hoje é só. Tenho tarefa de casa para fazer.

ps.: É super interessante o sentimento de estar amando um lugar e esse lugar está cerca de dez mil quilometros das pessoas que voce ama. Que saudades! Grande beijo no coração dessas pessoas.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Não sei

___________se demorei muito pra perceber, mas foi somente hoje que a idéia de que estou indo viajar me pareceu concreta. Estou indo pro canadá, de verdade. Hoje é sexta-feira, já, e domingo estou partindo. Parece um sonho!

Estava com a mô por londrina, pois tive que ir pra buscar um tal de cartão vtm e acabei ficando por lá. Ela partira hoje de manhã de carona pra são paulo afim de ir na formatura de uma amiga. Ela morre de medo de são paulo, hehe. É engraçado! Eu entendo. Esses dias fui pra lá buscar o visto e acabei ficando uma semana por lá. É um negócio maluco, mesmo.

Sobre o visto, tinha lido sobre bastante gente negada a ir. Mas foi tranquilo, eles aceitaram todos os documentos de cara e dois dias úteis depois já estava com ele na mão. Quem tem vontade de ir, precisa correr atrás de todos os documentos certinhos, que qualquer deslize eles barram mesmo.

Tudo que arrumei por lá, foi pela internet. Escola, família, passagem, cartões, se fiz duas ligações, foi muita coisa. Preferi fazer assim, pra tentar fazer do jeitinho que eu queria. Não queria escolher um "pacote" e ir, tinha medo de chegar lá e ter mais cinquenta brasileiros na minha situação. Não estou querendo encontrar muitos brasileiros por lá, além dos que eu já sei quem são: Um casal de amigos da minha namorada, eles me propuseram dar uma força enquanto estiver por lá. Eles moram em uma cidade a uns duzentos quilometros da minha, em Edmonton. E uma moça chamada Helena. Vou procurá-la por lá, pois ela tem experiência em alta montanha. Quero aprender alguns macetes e "caminhos", dicas de viagem, informações sobre escalada. Ela mora na mesma cidade que vou morar: Canmore.

Canmore fica próximo à Banff. Região ANIMAL! Vou estudar na Banff Education Centre, uma escola pequena. A questão é a seguinte: vale muito pensar o quanto quer gastar, sabe? Por ser uma cidade bem pequena, o custo acabou sendo um pouco mais alto que o normal, mas como as coisas por conta, acaba sendo mais barato que o normal, no final acabou saindo tudo igual. Elas por elas.

Resolvi ficar seis meses por lá. Os dois primeiros meses vou ficar na casa de uma família, depois me viro como vou ficar. Lá tenho direito à refeições, internet, quarto único e passeios com a família. Quero trocar boas experiencias com eles. Acho que são meio "roots", também. Casal de capoeirista com "jiu-jitseiro", outdoor sports, etc. Bacana!

Depois de amanhã eu já os conheço!

Queria muito agradecer aqui neste blog-de-iniciante, a molecada [papai, mamae, namorada, cachorro, papagaio, amigos, colegas, chegados e afins] que ficou bem próxima esses últimos dias. Vou sentir bastante falta desse fervo.

Beijo, moçada! Obrigado pela força.