_______________ que não posto por aqui e na verdade, desde a última vez que postei, queria ter escrito três vezes no blog. Sobre a subida à montanha Lady Mcdonald, sobre o acampamento de capoeira em Fintry-BC e a última sexta feira em Calgary, no Stampede - o maior rodeio do mundo.
Portanto, vou fazer um resumidão das coisas pra clarear minha memória e dar notícias pro pessoal do outro lado do atlântico.
Lady Mcdonald
Foi no dia vinte de um de junho, eu e Joran - um colega francês da escola. Eu e ele não nos davam muito bem no começo do curso. Já tinha ouvido sobre os franceses e é boa verdade - Joran era exemplo de francês, rapaz que não dava muita bola pra galera e era mais cheio de sí do que qualquer outro. Ainda sim, eu vivia enchendo o saco dele e tentado faze-lo rir de vez em quando.
Na última semana dele no Canadá, ele decidiu desabafar e dizer que queria ter aproveitado bem mais com a gente, mas que já era tarde demais. Logo de cara propus pra gente subir a montanha Lady Mcdonald, logo aqui atrás de casa - em quatro meses ele não tinha subido nenhuma montanha no Canadá! Impossível de acreditar. O que ele tava fazendo aqui?
Lady Mcdonald é uma montanha de 2606 metros e tem esse nome em homenagem à esposa do primeiro ministro de 1886. Tenho certeza que a madame nunca subiu lá!
Começamos às 8 da manhã na trilha atrás de casa e seguimos pelo riacho até a entrada. A trilha começa fácil e com bastante árvore ao redor, passeiozinho na lagoa, como diria o Pinta. Em umas duas horas de caminhada pra cima, o negócio começa a ficar diferente. Como é típico aqui, as bases das montanhas são cheias de pinus, e depois vira um misturado de pedras soltas (scrambling) e árvores se equilibrando nas encostas.
Paramos por uns quinze minutos pra fazer um lanchinho e tomar uma água e recomeçamos a caminhada. O cume parecia tãão perto, mas eu já tinha tido essa impressão. Disse que seria mais quarenta minutos ou mais se fossemos ligeiros e Joran retrucou, já cansado, que levaria vinte minutos no máximo.
Arre, subidinha sem-vergonha. Aquilo é scrambling! É dois passos pra cima e três pra baixo. É pior que subir essas porções de areia de contrução sabe? Já tentaram quando eram muleque? É um passo pra cima e a areia desce toda. É o mesmo. Parece que tá subindo uma montanha de bolinhas-de-gude.
Depois que se chega a porção mais alta, a crista tem uns quinhentos metros até o verdadeiro cume. Perigoso! Foi a primeira montanha daquela forma pra mim, eu amei! Coração a mil, mas não tem erro nenhum se não vacilar. É uma caminhada fácil, mas com queda de mil e quinhentos metros de ambos lados, tem que ficar esperto. A vista é maravilhosa!
Paramos no cume, nos abraçamos, parabenizamos um o outro, comemos e bebemos uma água e partimos pra descida. A ultima porção que levamos quarenta minutos pra subir, eu levei uns dois minutos e meio pra descer. RECORRRDE! Hahaha Coisa mais gostosa. É dificil subir, mas é facílimo descer. E só ir pulando e se equilibrando. Levei dois tombos feios, mas continua descendo e se equilibrando, tipo pular nas dunas da praia e correr morro abaixo. Rápido, economiza energia e tempo.
O viado do Joran deve ter o vídeo, mas ele nao me passou. Quero ver se posto mais pra frente.
Acampamento de capoeiristas
É engraçado, antes de vir pro Canadá, acho que fiz no máximo umas dez aulas de capoeira quando estava na faculdade. Nunca tive muito interesse. Cheguei aqui e comecei a fazer toda semana. Continuo uma bosta, mas pretendo continuar fazendo quando voltar. É muito bom pro corpo. Muito alongamento e movimentos ligeiros. Deixa o maluco mais esperto.
O acampamento foi em Fintry-BC, mais de metade do caminho que fizemos pra Vancouver. É meio longinho e eu e a Milli fomos trocando volante. Dirigi o possante da véia. Uma bmw 330i, 3.0lts, seis cilindros, manual. Uma nave!
Muita conversa, muita risada e tudo mais. Milli tem sido uma boa amiga pra mim. Temos feito muitas coisas juntos, viajado e talz e tem sido muito bom. Vivo falando minhas pulgas pra ela e ela joga as delas em mim. A galera fica de cara quando ela fala que eu sou o "filiño" dela, disse que ficou grávida quando tinha dez anos de idade.
Chegamos no acampamento e já tinha um somzão rolando um fala-mansa, gente dançando, tudo colorido, ensolarado, galera correndo, jogando capoeira, bola, friesbie, etc. Montamos nossa barraca na área dos bagunceiros, com direito a fogueira e música até altas horas na madrugada, mas mestre já tinha deixado claro - 9 horas tinhamos que estar de pé. Ninguém queria pagar abdominais e flexões na frente de todo mundo.
Tinha pessoal de Vancouver, Calgary, Whistler, Canmore, etc. Galera da escola Aché Brasil - Mestre Eclilson de Jesus. Tinha uns vinte brasileiros por lá e um total de umas sessenta pessoas. Bando de pessoal bacana. Os brasileiros e os gringos, me fez muito bem! Eu tinha encontrado poucos brasileiros por aqui, talvez uns quatro ou cinco e um de cada vez (ou em casais), mas não aquele bando de nego de uma só vez.
Tivemos workshop durante as manhãs e aulas e rodas durante à tarde. Conversei bastante com super-homem e samurai, os dois caras que fiquei mais próximo por lá. São do recife, são professores de capoeira e vieram pro Canadá pra tentar tudo o que aparecer. Pagando eles fazem. É o típico brasileiro no estrangeiro. Super-man é um cara gigante, com uma tatuagem em S no meio do peito, chinga todo mundo me português e, por incrivel que pareça, a galera sabe. Não prestou atenção na aula dele, ele vinha e dava uma demonstração de como a capoeira pode ser usada para o mau, mas só pra ensinar. 100% de atenção do público, sempre... hahaha.
Ele me curtiu, todas as aulas me tomou como exemplo, me chamou pra jogar na roda principal e tudo mais. Dahora. Samurai já é uma cara de meia altura e não muito em forma, pra não dizer gordo. Quando cheguei, a Milli logo o apontou como sendo um cara bem foda na capoeira. Não digo que duvidei, pra não fazer feio... mas duvidei! Hahaha. Precisa-se ver o cara jogando. Bem legal todo aquele peso dando mortais, andando com as mão, fazendo queda de rins perfeitas e tudo. Legal!
Curiosidade: um dos meninos que estavam lá, toquinha - um koreano, é um muuuito fera no cubo mágico. Ele diz que é só o décimo sétimo mais rápido do Canadá e está treinando pra fazer cada vez mais rápido. É impossivel de acreditar como o cara consegue solucionar o cubo tão rápido. Ele fez em vinte e poucos segunos - Disse que o recorde mundial é cerca de sete. SETE! Eu fiquei umas duas horas em cima de um cubo e desisti.
Teve gincana também no sábado... Eu era o unico brasileiro no meu time e ensinei todo mundo a cantar "Puuuta que pariu... é o melhor time do Brasil". Foi engraçado ver a gringaiada cantando em português. Ganhamos no grito de guerra e coreografia. hahaha
No domingo, cinco e meia da manhã pulei da barraca pra correr e tomar um banho (desde quinta sem banho, tava ficando num zinabre, já - mas acampamento é assim mesmo). Seis e pouco partimos devolta pra Canmore. Conversas vão e vem, e paramos em Golden - idéia da vez: fazer rafting nas águas brancas do kicking horse.
Juntamos à um grupo, dando um total de dez com o guia. Água à 4 graus, eu já chutei o pau da barraca, fui sem camiseta. Dizem que a adrelina não deixa a gente sentir frio nem fome, quis experimentar.
Depois de instruções rápidas de sobrevivencia, caso o bote virasse ou se fossemos lançados nas águas - que por sinal estavam correndo bem rápidas (nível 3 e 4) - seguimos para os botes. Só diversão! Muito ligeiro, muitos sustos, muuuuito dahora. Todo mundo deveria tentar antes de morrer.
Depois do rafting, seguimos pra Canmore... mais podre e com fome do que nunca!
Calgary Stampede
Pra começo de conversa, eu comprei um chapéu de cowboy - AOOOOO FILÉÉÉ. Já virou parte do meu uso diário. hahaha.
O Rodeio de Calgary - Stampede - é considerado o maior rodeio do mundo, paga mais de $2mi pra ganhadores e são mais de dois milhões de visitantes todos os anos. Gigante não?
Tem parque de diversões, dezenas de shows, eventos, bares, exposição, rodeio, corrida de carroções, etc etc etc. Chegamos e compramos o passe livre pro parque de diversões... andei em uns 15 "brinquedos".
Depois que passou o enjôo das corridas - e que enjôo, comemos uma porção de fritas e compramos uma cerveja pra assistir a corrida de carroções, na arquibancada. Bem bacana. Até aquele dia, tinham tido dois acidentes e quatro cavalos tinham morrido. É muito punk as corridas. Dá pra sentir o chão tremendo de longe. Cada carroça é puxada por quatro cavalos, e cada carroça tem pelo menos 3 protetores correndo atrás. São uns 25 cavalos correndo frenéticamente o circuito. É bacana de se ver.
Na pausa para a premiação, eu a Milli corremos pro Coca-Cola stage pra assistir um pouco do show do OneRepublic, uma banda americana do colorado. Muito lindo o show deles. Conhecia apenas duas músicas dos rapazes, mas o show valeu muito a pena.
Depois de ouvir umas cinco músicas, corremos devolta para o circuito principal pra assistir o show de encerramento. Muuuuuito lindo! Muita coreografia, música, gente pendurada pra tudo quando é lado, globo da morte com quatro motos, acrobacias, comediante apresentando, fogos de artíficios e bla bla blá. É um exagero de rodeio... bem interessante. Já to com vontade do 100%nh, viu!
É isso, galera. To com o dedo gasto de escrever, já.
Um abraço e uma música do OneRepublic pra vocês.
É isso, galera. To com o dedo gasto de escrever, já.
Um abraço e uma música do OneRepublic pra vocês.
doideeeraaa... saudaaaadeee.... bjaaaaummmm
ResponderExcluirPedriimmmm
Heu fio... ta de férias ou ta estudando? eheheh... ah se danar!!! So ta curtindo a vida... Cade a parte chata??? hehehe
ResponderExcluirDa proxima vez pega uma enxada e vai carpi o pé da montanha :-)
Fio... é isso mesmo... curta muito e tudo!!! Depois nois cresce e percebe que o tempo passou e nois ficou pra tras!!!!
bejo do gordo
ô meu...divagar ca mae...já tá dano falaçao...quem avisa amigo é...inté...bjs...
ResponderExcluirEnfia o dedo no cu e lambe, se não tem o que fazer ou escrever.
ResponderExcluirUm abraço.
João.